Muito embora os delatores e maldizentes da praxe digam que se trata dum conjunto de prácticas medievais e retrogradas, quem as vive (independentemente do tempo em que as vive...) poderá verificar sem qualquer dificuldade que nela estão bem presentes os ideais da época das luzes e do moderno pensamento, bem posterior à idade média. De facto a sua estrutura funcional poderá ser baseada em construções sociais medievais, no entanto os seus ideais humanista estão idubitavelmente presentes. Penso que o Voltaire e o Rosseau seriam sem dúvida praxistas.
É claro que a estrutura hierarquica tem de se basear no mais experiente e mais conhecedor, daí os mais velhos terem predominância neste processo. Mas isto não é novidade nenhuma, e deixo para os especialistas na matéria, Sociólogos, a árdua tarefas de esmifrar estes conceitos e demonstrar que os humanos entre outras espécies se organizaram sempre segunda uma hierarquia. Por isso a Praxe terá de ter uma hierarquia, que responsabiliza os mais velhos mas que premeia os que têm mérito como estudantes, daí a introdução das insígnias. Tal como na estrutura militar, temos em Praxe umas insígnias, que realçam o nosso mérito e assim sendo a nossa "maior igualdade". Há que, no entanto estabelecer os ideias humanistas e circuntancializá-los no micro universo chamado Praxe.
Igualdade - A maior demonstração deste ideal é feita da forma mais inequívoca possível, usando o traje académico. Efectivamente, ao usar o traje académico reafirma-se a igualdade entre todos retirando todo e qualquer símbolo de diferença social, etnico ou religioso.
Fraternidade - O criar e cultivar de amizades aprofundadas pelas vivências e "provas" ultrapassadas em Praxe, que transformam um simples conhecimento casual dum "colega de carteira" em efectivos e reais laços de irmandade.
Liberdade - Esse é o conceito que mais vezes é atacado, mas é o mais simples de comprovar. NINGUÉM É OBRIGADO A NADA. Pois bem, os delatores dizem que existe coação, para haver coação tem de existir um processo que intimide as pessoas a submeter-se a actos involuntários, mas quais são os processos coercivos, dizer que quem não se sujeitar não poderá participar nas actividades praxísticas? E não é justo que assim seja? Se não por exemplo, ao assistirmos a um concerto, subia a palco e participar do espectáculo, pior receber uma parte das receitas, seguindo a lógica desses indivíduos...
Faz pensar não faz...
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
A actualidade da Praxe
A Praxe em si é um conjunto de regras e atitudes comportamentais
completamente desadequadas à nossa realidade social, senão vejámos:
A Praxe defende a
honra e respectiva palavra de honra - algo que hoje em dia não é cumprido nem é
practica corrente.
A Praxe defende a
amizade e o respeito - o que vemos hoje em dia é a falsidade, a mentira, e desrespeito
contínuo e pior que isso a hipocrisia, sim de facto temos alguns defensores
irredutíveis da "Praxe" a terem comportamentos anti-praxe. Vemos
indivíduos a falarem nas costas dos outros, dizerem umas coisas num determinado
momento e depois outras, à luz duma busca de outros valores tais como
popularidade e "poder". A Praxe nunca foi popular nem é exercida para
se ser popular, mas trata-se isso sim duma escola de valores e dum viveiro de líderes
a várias escalas.
A Praxe defende a
liderança e o seguir do mais apto como líder - o que a nossa sociedade nos
mostra é que o mais apto não é o líder, e que o líder deve servir-se (ao
contrário do que deve ser - servir) que as pessoas vergam-se às vontades de
grupos de pessoas que primam por outros valores que não a excelência…
Por estas e por
outras a Praxe é cada vez mais difícil, e o pior é para quem está a receber
esse conjunto criancinhas caprichosa que de repente acordaram à porta duma
qualquer instituição de ensino superior e cuja única vez que alguma vez ouviram
pronunciar as palavras " não podes..." não foi além das suas próprias
bocarras. O pior será quando começarem a saír os senhores "Doutores novas
oportunidades" aí sim é que o país estará perdido, teremos uma miríade de "Eng.
Sócrates" à solta.
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