terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ano Novo, Vida Nova...

Este excelente exemplar da sabedoria popular, demonstra tanto de saber como de experiência. De facto muda-se o ano e muda-se a vida, ou não... (sorriso)
Temos de mudar para manter tudo igual, a constância do ser promove a inconstância da vida...
Mais umas pérolas do pensamento, e que terá isto a ver com tradição académica, pois bem, tem tudo a ver e passo a explicar. O processo traduzido por tradição e perpetuação desta consiste na eterna mudança de pessoas, de perspectivas, de vivências... para preservar e manter um conjunto de valores, código de conduta e cultivar a evolução socio-cultural num micro universo controlado. Mas tal como o mundo que nos rodeia as tradições e a praxe subsequente vivem uns tempos tumultuosos e avizinha-se um período sombrio de "crise"...
Esta crise resume-se, entre outro factores, à queda e desmoronar dum factor regulador importante neste processo exclusivamente humano a lenta, progressiva e inexorável extinção dos Veteranos. Este factor sendo aparentemente de pouca monta, torna-se com efeito num rude golpe na manutenção saudável das tradições. Ao contrário do que uma maioria significativa poderá pensar, o papel dos veteranos (como o seu nome o demonstra) não se resume àqueles indíviduos que por diversas causas estão atrás do caléndário perfeito enquanto estudantes, mas sim do repositório inestimável de valores e costumes intrínsecos à instituição onde praticam a arte de ser Estudante. O papel mais importante deles é no entanto o mais esquecido e é o de serem o garante dum bem valiosíssimo nos dias que correm - o Bom Senso. De facto, o bom senso deve ser preservado e cultivado todos os dias da vida dum Estudante. Mas isso não acontece pior, infelizmente, acontece cada vez menos... Há que então repensar esta perspectiva e preservá-la sendo que se trata dum excelente meio de evitar problemas e de promover momentos inesquecíveis pelas gratas recordações que daí advêm...
Fica a ressalva para os eternos sobreviventes que se recusam a deixar de "promover" certas actividades, penso que a Praxe irá sofrer um processo de contração e recolhimento, que irão certamente promover a respectiva introspecção para que tudo mude para que se mantenha igual. "Le Roi é mort, Vive Le Roi!!..." O ano velho morreu, viva o ano novo!
Há que começar esta nova "cruzada" para tornar as tradições académicas novamente num viveiro de excelência, num repositório do melhor que a sociedade pode proporcionar, num farol de esperança nestes tempos de obscuridão financeira, moral e social. "DIEU LE VEUT!!!"

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ver branco à noite ou não eis a questão?

Surgiu há alguns tempos um controvérsia sobre o ver-se branco à noite estando-se trajado. Pois bem, por varioa motivos ao anoitecer é costume traçar-se a capa, porquê?

O motivo principal é porque me apetece (e porque pode apetecer-me...) as raízes mais profundas advêm das saídas em trupe, onde os membros deste "orgão" fiscalizador, tinham (e têm) de estar sem qualquer parte branca à vista. Razões desta regra, meramente practica (praxis) a de não denunciar a sua presença aos incautos infractores do horário de recolher. A pena de incumprimento da ocultação do branco era a dissolução da trupe, a pena capital, ou seja de morte momentânea do "orgão" em causa, fazendo com que os infractores apanhados em flagrante fossem "amnistiados" por falta técnica. Mais recentemente este comportamento foi absorvido como um comportamento genérico e assitimos ao arregaçar das mangas da camisa quando se traça a capa...

Não é que esteja errado, mas é um excesso de zelo desnecessário, pois não estão em trupe. A única imposição que é um "axioma" comportamental ao traçar a capa é que esta deverá ocultar a totalidade do colarinho, ficando assim qualquer vislumbre "branco" completamente ocultado sob o "manto praxístico" que é a capa dum estudante. è de realçar ainda que ao contrário do excesso de zelo com as mangas este mesmo excesso não se verifica com os "colarinhos", quem sabe se não derivará daí a designação dada aos crimes de "colarinho branco"...

A tradição tem destas "coincidências" (ou não)...

Lembrem-se, A Praxe é prteo e branco, nunca cinzento, mesmo que o colarinho da camisa esteja muito sujo, traça-se a capa para escondê-lo!