quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Após uma longa interrupção...

Após uma longa interrupção acerca desta "estranha forma de vida", e após ter estado envolvido em algumas "acções" que me ocuparam o tempo, o corpo e alma, e próximo que está mais um novo ano lectivo, acho pertinente deixar alguns pensamentos.

O primeiro para alguns como eu que muito embora se tenham "afastado", não perderam as ligações emocionais com toda este mundo à parte. É importante ter a noção que já fomos deste mundo, agora estámos noutro. Temos um papel importante de supervisão e apoio, de orientação e de guia. Mais do que isso deixa de fazer sentido por variadíssimas razões, a mais importante e a que deve estar mais presente é a diferença de vivencias e o enquadramento social. Com efeito a forma de encarar a vida e de estar na vida muda constantemente, e as prioridades vão se transmutando ao longo dos tempos. Pois se quando eu entrei na Faculdade ia-se fazendo o curso e que era bom era mesmo bom, independentemente de fazer o curso em ou mais anos. O que permitia uma perspectiva mais humanista em termos de crescimento e não exclusivamente técnica. Hoje em dia essa perspectiva não existe, vivemos num mundo onde apenas as competências técnicas são valorizadas e as morais não contam, por isso estámos a viver esta crise profunda, porque os técnicos especialistas que se dedicaram esclusivamente a crescer como técnicos e não como homens, tomaram de assalto o mundo e saqueram-no a seu bel prazer...

Com isto não defendo a permanência durante um tempo excessivo na Universidade, mas sim o suficiente para amadurecer a vertente humana e as competências de liderança com padrões morais estrictos e rígidos.

Mas também não quero reduzir o papel dos que entretanto sairam a uma presença meramente "decorativa" e de circuntância. Os mais novos que neste momento são os mais "velhos" têm o dever de olhar para "nós" como patriarcas num nível superior que a qualquer momento podem e devem regressar para dar uns "puxões de cabelos metálicos"...

E caso seja mesmo necessário colocar novamento nos trilhos, o comboio que entretanto descarrilou. Fica assim no ar o lembrar e a tomada de nota para o factor primordial na PRAXE, o tão raro Bom Senso. Começa o ano, chegam os "imberbes amputados mentais", saem mais alguns ilustres, mas fica para sempre o sentimento.
Bem hajam os que lutam para "manter viva esta chama que jamais se apagará"!

Abraços