Embora pareça que não tem nada a ver com tradição académica, não
deixa de ser relevante uma pequena dissertação sobre um fenómeno ao qual eu
chamo de geração "whiskas-saquetas".
Quem não estiver
familiarizado com a publicidade em causa podem vê-lo aqui:
Pode até parecer fora do contexto, até que estabeleçamos o
seguinte paralelo:
o gato passa a ser
os actuais "meninos bem comportados" que frequentam o ensino superior,
e a Sr.a Dona do gato podemos ser nós de outra gerações, ou "cotas"
como gostam de nos chamar.
O nosso discursos
é o seguinte:
Temos de ter em
mente que os direitos advêm em proporcionalidade quase directa dos deveres que
vamos cumprindo. É nosso dever preservar o que de mais rico tem a nossa
história e tradição para que assim possamos ter direito a usufruir dum futuro
mais sólido e rico. Os nossos direitos acabam quando interferem com as nossas
obrigações e deveres, no entanto, não sendo exclusivos podem e devem ser
complementares. Os direitos nascem da liberdade ganha com os deveres cumpridos.
O que ouvem é:
Bla-bla-bla-blá... direitos bla-bla-blá-bla-bla-blá-bla-bla-blá... direito bla-bla-blá-bla-bla-blá direitos bla-bla-blá-bla-bla-blá-bla-bla-blábla-bla-blá direitos bla-bla-blá-bla-bla-blá-bla-bla-blá...
Se pensarem bem
este é um dos factores actuais para o empobrecimento da tradição académica, da
Praxe e em última instância da sociedade em geral.
Como alterar este
panorama? Simples, é começar a ouvir o que algumas pessoas têm a dizer, ouvir
sim e não escutar, ver e não olhar, e acima de tudo vivenciar.
Com tudo isto se
poderá efectivamente sair deste estado letárgico e vegetativo que a sociedade
está a viver e mais grave ainda o circulo mais reinvidicativo - os estudantes
universitários.
A geração de
sessenta está há já algum tempo no poder, estes outrora desalinhados e
insatisfeitos, não se poupam em esforços, estratégias e planos curriculares
para amordaçar e lenta mas inexoravelmente matar todo e qualquer movimento que
lhes seja antagónico.
Sim os Sr. que
estiveram nas Manifestações do fim dos anos sessenta estão agora a tentar
subverter o que de mais natural existe, o DIREITO À DIFERENÇA. E não estou a
falar de casamentos gays (dos quais não tenho nada contra e nada a favor, sou
simplesmente indiferente), mas sim à diferença de pensamento, da forma de
encarar a vida e de crescer com ser humano completo.
Se estes senhores
tivessem vivido no fim da idade média não teríamos tido a renascença, pois um
homem não pode evoluir sem ser em termos académicos estrictos e exclusivamente
numa àrea, dizem eles mentes brilhantes...
Continuem a
praxar, ser praxados, gozar e seram gozados de forma saudável e construtiva.
Pois os cães
ladram e a caravana passa...
HABEMUS PENAE