terça-feira, 29 de setembro de 2009

Geração Whiskas-Saquetas


Embora pareça que não tem nada a ver com tradição académica, não deixa de ser relevante uma pequena dissertação sobre um fenómeno ao qual eu chamo de geração "whiskas-saquetas".
Quem não estiver familiarizado com a publicidade em causa podem vê-lo aqui:


Pode até parecer fora do contexto, até que estabeleçamos o seguinte paralelo:
o gato passa a ser os actuais "meninos bem comportados" que frequentam o ensino superior, e a Sr.a Dona do gato podemos ser nós de outra gerações, ou "cotas" como gostam de nos chamar.
O nosso discursos é o seguinte:
Temos de ter em mente que os direitos advêm em proporcionalidade quase directa dos deveres que vamos cumprindo. É nosso dever preservar o que de mais rico tem a nossa história e tradição para que assim possamos ter direito a usufruir dum futuro mais sólido e rico. Os nossos direitos acabam quando interferem com as nossas obrigações e deveres, no entanto, não sendo exclusivos podem e devem ser complementares. Os direitos nascem da liberdade ganha com os deveres cumpridos.
O que ouvem é:
Bla-bla-bla-blá... direitos bla-bla-blá-bla-bla-blá-bla-bla-blá... direito bla-bla-blá-bla-bla-blá direitos bla-bla-blá-bla-bla-blá-bla-bla-blábla-bla-blá direitos bla-bla-blá-bla-bla-blá-bla-bla-blá...
Se pensarem bem este é um dos factores actuais para o empobrecimento da tradição académica, da Praxe e em última instância da sociedade em geral.
Como alterar este panorama? Simples, é começar a ouvir o que algumas pessoas têm a dizer, ouvir sim e não escutar, ver e não olhar, e acima de tudo vivenciar.
Com tudo isto se poderá efectivamente sair deste estado letárgico e vegetativo que a sociedade está a viver e mais grave ainda o circulo mais reinvidicativo - os estudantes universitários.
A geração de sessenta está há já algum tempo no poder, estes outrora desalinhados e insatisfeitos, não se poupam em esforços, estratégias e planos curriculares para amordaçar e lenta mas inexoravelmente matar todo e qualquer movimento que lhes seja antagónico.
Sim os Sr. que estiveram nas Manifestações do fim dos anos sessenta estão agora a tentar subverter o que de mais natural existe, o DIREITO À DIFERENÇA. E não estou a falar de casamentos gays (dos quais não tenho nada contra e nada a favor, sou simplesmente indiferente), mas sim à diferença de pensamento, da forma de encarar a vida e de crescer com ser humano completo.
Se estes senhores tivessem vivido no fim da idade média não teríamos tido a renascença, pois um homem não pode evoluir sem ser em termos académicos estrictos e exclusivamente numa àrea, dizem eles mentes brilhantes...
Continuem a praxar, ser praxados, gozar e seram gozados de forma saudável e construtiva.
Pois os cães ladram e a caravana passa...

HABEMUS PENAE

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