sábado, 26 de julho de 2008

Ter capa ou não ter? Eis a questão...


Agora pretendo falar um pouco do uso da capa.
Este componente importante do trajo académico tem um conjunto de regras quanto ao seu uso em diversas situações. Em Praxe, ou seja, quando exercemos Praxe, deverá ser colocada caída sobre os ombros com dobras na parte superior e aqui começa a polémica. Tradicionalmente o número de dobras é o correspondente ao número de inscrições, mas no fim do século passado dado o aumento do número de pessoas com um número de inscrições com 2 dígitos, introduziu-se a regra seguinte: O número de dobras na parte superior da capa deverá ser o do ano do curso em que se encontar inscrito. Assim acabaram-se com as "carpetes" aos ombros...
Outra situação e esta é a mais degradante e triste no "desuso" do trajo, é a sua utilização numa missa. De facto, a proliferação dos "naftas" (sujeitos que frequentam o ensino superior, que não seguem as obrigações da Tradição Académica mas no entanto reclamam veemente os direitos proporcionados por Ela) faz com tenhamos assistido ao longo dos anos de uma degradação lenta, sistemática e inexorável da postura dos "Finalistas" aquando da sua Missa de Bênção das Pastas. Com efeito temos visto a tremenda falta de respeito numa cerimónia de caracter religioso e altíssimo teor sério que começa com um mau uso do trajo. Numa Missa, a capa deverá ser colocada sobre os ombros, sem dobras e a batina deverá encontrar-se devidamente abotoada. Esta só é totalmente fechada em situação de luto (pessoal ou académico), e não à toa...
Quando se está a exercer Praxe (Praxar alguém mais novo...), a capa deve ser colocada sobre os ombros, com as respectivas dobras. A capa é traçada em três situações: ao ouvir fado, sancionar alguém e se tivermos frio. Nestas situações, nunca se poderá ver o branco do colarinho da camisa, o branco dos punhos não se pode ver quando estámos em trupe! Mais umas das "confusões" dos que "muito sabem" sem nunca ter praticado!

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