Agora pretendo falar um pouco do uso da capa.
Este componente
importante do trajo académico tem um conjunto de regras quanto ao seu uso em
diversas situações. Em Praxe, ou seja, quando exercemos Praxe, deverá ser
colocada caída sobre os ombros com dobras na parte superior e aqui começa a
polémica. Tradicionalmente o número de dobras é o correspondente ao número de
inscrições, mas no fim do século passado dado o aumento do número de pessoas
com um número de inscrições com 2 dígitos, introduziu-se a regra seguinte: O
número de dobras na parte superior da capa deverá ser o do ano do curso em que
se encontar inscrito. Assim acabaram-se com as "carpetes" aos
ombros...
Outra situação e
esta é a mais degradante e triste no "desuso" do trajo, é a sua
utilização numa missa. De facto, a proliferação dos "naftas"
(sujeitos que frequentam o ensino superior, que não seguem as obrigações da
Tradição Académica mas no entanto reclamam veemente os direitos proporcionados
por Ela) faz com tenhamos assistido ao longo dos anos de uma degradação lenta,
sistemática e inexorável da postura dos "Finalistas" aquando da sua
Missa de Bênção das Pastas. Com efeito temos visto a tremenda falta de respeito
numa cerimónia de caracter religioso e altíssimo teor sério que começa com um
mau uso do trajo. Numa Missa, a capa deverá ser colocada sobre os ombros, sem
dobras e a batina deverá encontrar-se devidamente abotoada. Esta só é
totalmente fechada em situação de luto (pessoal ou académico), e não à toa...
Quando se está a
exercer Praxe (Praxar alguém mais novo...), a capa deve ser colocada sobre os
ombros, com as respectivas dobras. A capa é traçada em três situações: ao ouvir
fado, sancionar alguém e se tivermos frio. Nestas situações, nunca se poderá
ver o branco do colarinho da camisa, o branco dos punhos não se pode ver quando
estámos em trupe! Mais umas das "confusões" dos que "muito
sabem" sem nunca ter praticado!
Sem comentários:
Enviar um comentário