Padrinho - nome masculino [feminino: madrinha]: 1.
aquele que serve de testemunha no baptismo, em casamento, doutoramento ou
duelo; 2. aquele que dá o nome a alguém ou a alguma coisa; 3. figurado
protector; 4. figurado defensor; patrono; (Do lat. vulg. *patrínu-, «id.») in
infopedia . Comecei pela definição desta palavra, muito usada em vão e
especialmente vilipendiada e despida de qualquer significado. Decidi falar
deste tema após ter sido surpreendido por uma notícia, sobre uma
"descoberta fenomenal" feita numa escola do 2º ciclo (o que quer que
isso seja....), algo inédito que talvez seja nomeado para o prémio nobel da
Paz! Houve uma mente brilhante que descobriu que os alunos do último ano (mais
velhos e experientes foram os termos utilizados) poderiam acompanhar e apoiar
os novos alunos ao longo do ano, isto é apadrinhá-los. Que ideia fabulosa, mas
infelizmente para estes seres sobredotados, tenho uma má notícia: A figura de
padrinho já existe há muito e estava bem enraízada na tradição portuguesa, e
mais particularmente, na Tradição Académica. Com efeito esta figura protectora
já está contemplada na Praxe, mas ao longo do tempo deixou a sua vertente de
apoio e protecção, passando a ser mais um veículo de "engate" entre
"doutores(as)" e "caloiras(os)". Chegando ao cúmulo de
haver um ou vários padrinhos e até uma padrinho e uma madrinha! Só pode haver
um padrinho PONTO. Porquê? É simples, responsabilidade... Como poderão vários
padrinhos serem responsáveis pelo acompanhamento, ensino e transmissão adequada
das tradições? Parece-me pouco sensato, para ser simpático.
Assim sendo e dado
a grande descoberta feita, mas sobretudo pelo actual estado da Praxe, é de
importância extrema rever o papel do padrinho e restabelecê-lo quanto antes,
mas não implementar os clãs como alguns que existem e que se sobrepõem ao
resto.
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