terça-feira, 23 de setembro de 2008

"Praxes" novamente a polémica de início de ano...


Fomos novamente presenteados com uma nova maré de ataque anti-praxe, desta vez vindo deste (des)governo que consegue juntar à demagogia populista a mais pura e não adulterada incompetência em todos os vectores da sociedade. Pois bem a fazer fé nesta última investida, até as instituições vão ser "responsabilizadas". Mais uma tentativa infrutífera de exterminar algo que nunca será extinto - a indentidade dum grupo. Nem Hitler, com os seus meios brutais conseguiu fazê-lo com os judeus, quanto mais este "bando de energúmenos em gravata"...
Estamos a assistir a um rápido degradar de tudo o que a sociedade portuguesa na sua tradição ancestral mais preza: o fim da família, da cultura e da segurança. Deixámos de ser um país de "brandos costumes" português, e passámos a ser um misto de uma cultura de subúrbio americana (do estados unidos ou de um qualquer país da América do Sul) com todos os aspectos negativos que isso envolve. De facto há que perseguir todos os praticantes da preservação duma tradição e deixar andar esses criminosos à solta. Sim esses criminosos a começar por aqueles que medem o país pelos números adulterando a própria designação do partido, grupo, elite ou o que quer que se trate que os colocou lá - qualquer coisa socialista. O Adolf era também líder de qualquer coisa socialista. Mas deixando a podridão política de lado e fazendo face ao que foi dito no canal um do aparelho de propaganda do estado, perdão da televisão nacional, as praxes são uma acto de humilhação dos novos alunos em público e tratam-se de um conjunto de atitudes que visam promover a superioridade de uns sobre os outros... Ou então como disse um cromo dos que nunca foram praxados, que se não houvesse hierarquia, regras e fossemos todos iguais então seria a favor da tradição académica... Lots Of Laugh!!!
Em que planeta vivem estes seres estranhos, que máquina de propaganda esta que recorre à perseguição das "praxes" para esconder o mísero estado do ensino superior?
E assim passam os dias neste reino perdido.

sábado, 13 de setembro de 2008

Padrinho... Vem-me à cabeça a música do D. Corleone


Padrinho - nome masculino [feminino: madrinha]: 1. aquele que serve de testemunha no baptismo, em casamento, doutoramento ou duelo; 2. aquele que dá o nome a alguém ou a alguma coisa; 3. figurado protector; 4. figurado defensor; patrono; (Do lat. vulg. *patrínu-, «id.») in infopedia . Comecei pela definição desta palavra, muito usada em vão e especialmente vilipendiada e despida de qualquer significado. Decidi falar deste tema após ter sido surpreendido por uma notícia, sobre uma "descoberta fenomenal" feita numa escola do 2º ciclo (o que quer que isso seja....), algo inédito que talvez seja nomeado para o prémio nobel da Paz! Houve uma mente brilhante que descobriu que os alunos do último ano (mais velhos e experientes foram os termos utilizados) poderiam acompanhar e apoiar os novos alunos ao longo do ano, isto é apadrinhá-los. Que ideia fabulosa, mas infelizmente para estes seres sobredotados, tenho uma má notícia: A figura de padrinho já existe há muito e estava bem enraízada na tradição portuguesa, e mais particularmente, na Tradição Académica. Com efeito esta figura protectora já está contemplada na Praxe, mas ao longo do tempo deixou a sua vertente de apoio e protecção, passando a ser mais um veículo de "engate" entre "doutores(as)" e "caloiras(os)". Chegando ao cúmulo de haver um ou vários padrinhos e até uma padrinho e uma madrinha! Só pode haver um padrinho PONTO. Porquê? É simples, responsabilidade... Como poderão vários padrinhos serem responsáveis pelo acompanhamento, ensino e transmissão adequada das tradições? Parece-me pouco sensato, para ser simpático.
Assim sendo e dado a grande descoberta feita, mas sobretudo pelo actual estado da Praxe, é de importância extrema rever o papel do padrinho e restabelecê-lo quanto antes, mas não implementar os clãs como alguns que existem e que se sobrepõem ao resto.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Manutenção e sobrevivência da Praxe

Tendo em conta o actual estado das coisas, convém-me tecer algumas considerações que considero relevantes, mediante o que me foi transmitido. Para começar, é nosso dever manter a evolução efectuada ao longo dos anos, sob pena de pior do que regredir perdermos a face. A isso chamamos COERÊNCIA, sem ela nada faz sentido passamos a ser mais uns neste mundo de falsidade e aparências, onde quem vive de acordo com a Tradição Académica Portuguesa (descendente da Real Tradição Académica) deveria estar num oasis de pureza e valores. Pois bem infelizmente esta é uma utopia, não passa disso, uma UTOPIA. Para ultrapassar este estado de coisas devemos fazer algumas alterações mantendo a essência das coisas. Primeiro, quem deve estar à frente dos processos só poderá ser um estudante devidamente ciente das realidades e desta forma indubitavelmente capaz de identificar as necessidades e de dar as respostas adequadas. Contudo vemos o arranstar de certas "carcaças" com interesses e historial dúbio e cujas ideias, posturas e actos reflectem um profundo desfasamento quer da actualidade quer dos principais vectores que gerem este processo. Não obstante estes seres parasitários, deve-se separar o trigo do jóio, e dar o valor a quem já muito deu e continua a dar mais não seja pela humildade que practica (ao contrário dos pregadores e visionários teóricos). A Praxe só pode viver sendo um processo evolutivo, correndo o risco à luz das leis darwinianas de entrar num processo de existinção. Cada casa deve manter a sua personalidade e restringir ao mínimo as alterações por forma a não desvirtualizar a sua identidade, mas acima de tudo, de não destruir um dos pilares principais da Tradição Académica A HONRA. Pois ao negar e destruir os esforços do predecessores anulando-os simplesmente está-se a trair tudo o que sustém a Praxe, o passado, os que fizeram esse passado muitas vezes a muito custo.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Humildade vs Humilhação


Sobre a humildade e a humilhação. A linha que separa a humildade da humilhação é muito ténua, é do senso comum que qualquer acto de humildade descontextualizado passa imediatamente a humilhação. Por exemplo aquando da ordenação de padres eles devem estar deitados de barriga para baixo perante o altar, símbolo da presença divina na Terra. Imaginem este acto fora da cerimónia e noutro local público. Bem temos um acto de humildade profundo transformado numa humilhação sem limites. Pois bem, todo e qualquer rito de iniciação deve ser devidamente contextualizado, quer nos locais, quer quanto a quem assiste. Todos estes elementos deverão estar de qualquer modo relacionados com quem os pratica e deverão destinar-se apenas a esse universo. Outro tipo de humildade que passa a humilhação é a solidariedade ou falta dela. Pois bem quando se assume uma liderança, há que ser humilde e praticar a humildade sob pena de se ser humilhado pela falta de solidariedade que possa advir. O oposto também é devido. Isto é, quem assume um líder tem de ser humilde o suficiente para seguir a sua orientação e acatar as suas decisões, mais ainda quando for chamado para participar nelas e não o tenha feito, sob pena da sua arrogância levá-lo à humilhação dum déspota deposto. É evidente que assim não há sistema que funcione. Nos dias que correm terá de se verificar uma adaptação e temos dois caminhos, ou o sistema adapta-se às pessoas ou as pessoas adaptam-se ao sistema. O primeiro está fora de questão, fica então a segunda possibilidade, que é as pessoas adaptarem-se ao sistema, sob pena de destruírem uma riqueza chamada tradição. E a responsabilidade reside em que entra, que tem de saber entrar, quem está que tem de velar pela continuidade, mas também em quem saí que terá de saber desligar e sair mantendo o cordão umbilical ligado mas apenas para uma ligação momentânea e de vigilância com uma vertente essencialmente pedagógica.